Desse modo, o Brazill se considera e se define como um país totalmente laico-católico (e as vezes não racista) de bancada evangélica, onde a religião e a política são misturas fundamentais. Desse modo, o cristianismo Estatal fundamentalista desempenha um importante papel na prosopopeia e proselitismo religioso, onde a prática do amor ao próximo é pregada com o ódio mortal aos cultos de matrizes afros.
O resultado se vê nos ataques ao Povo de Santo, como se denominam, e aos locais em que se dão seus ritos; ataques esses, promovidos por parte do povo de Cristo; essa facção evangélica que prega o amor odiando o próximo, quando esse próximo tem a cor de ébano, num estilo tipicamente fariseu de ser.
Desde que o cristianismo de Constantino legitimou a nobreza condenando a pobreza, a atual política tratou de criminalizar essa pobreza, dando o aval ao genocídio do Povo Negro que ocorre no Brazill.
Se há dúvidas sobre a desumanização da pessoa de cor e dessa racismilização, tendo a principal política tornar esses assassinatos categóricos um lugar comum, é só observar os partidários de quaisquer outras religiões, e ver se também são demonizados tal qual os adeptos das “religiões” de matrizes africanas...
Constatamos que a cor da pele é que determina o lugar do negro na sociedade; a cor negra ocupam as cadeias, hospícios e hospitais, enquanto a cor branca está do lado oposto; essa cor, a cor branca, é a cor que tem licença para torturar, matar, roubar, estuprar...
Se um negro ousar cometer os mesmos males que um branco comete, ele primeiramente será destruído moralmente, não pelo mal causado, mas por ser negro. Dessa maneira, ele vai ser julgado por sua cor e depois, se ainda sobreviver, será julgado pelo delito em si, sendo que sua condenação já foi pré-estabelecida desde o momento em que adentrou a sala branca do tribunal branco. É só comparar as sentenças de crimes idênticos, cometidos por um e por outro. Um deles será justificado, social, cultural e juridicamente...Simples assim...!!
Sem cabelos lisos soltos ao vendo e um"belo" sorriso branco o justiça se faz breve...
Amo as mulheres de qualquer tipo, de qualquer raça, de qualquer cor; nem por todas sou amado.
Amo a saudade, amo os meus queridos.
Cléia a dos olhos verdes, Lourdes, a morena; a Lourdes branca; a Neusa; a Adailgisa; a Luíza da farmácia; a Carmem que fazia rendas; a Aninha, a Joaninha da torre...
Hoje amo outros nomes, a Margarida da casa, a Margarida da rua. amo a cachaça boa, o café quentinho... Odeio o opressor..!!
(Solano Trindade)
Rompendo o silêncio histórico do povo melaninoso, protagonizando o outro ponto de vista de uma outra história que se evita ser contada, afrocentrizando o olhar paradigmático sobre a representação cultural oficialmente formatada, patenteada e legítima como única.