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Minha Caxanga...!
Minha Caxanga...!

Moro num país tropical, num condomínio branco, com um shopping de olhos azuis e outdoors loiros. Um país onde a justiça passa em brancas nuvens e as leis são aplicadas nos esvoaçantes cabelos lisos naturais, soltos ao vento na tela do cinema com final feliz.
A paz, a pomba, o papa são heróis de sucesso na tela da TV que não me vê; salvo aos que se branqueiam, para ter a chance de candidatarem-se à sucessão de sucessos sacramentados em atos secretos.
Meu país é cercado por arames farpados de todos os lados; torre de proteção para manter a ilusão e um grande fosso para afastar o desgosto e o “encosto”.
É um país bonito por natureza; uma beleza. Desde o lindo comercial mostrando a branquitude do carnaval até a imagem de Zumbi de Hollywood dançando break na “Terra do Nunca”.
Sou Manchester e tenho um loirão chamado Bready. Poderia chamar-se Jacinto, Joaquim José ou João “Cândido”; mas as notas azuis de meu canto são brancas, eu sou “moreninha”, e moro num país tropical abençoado por Deus. Mesmo sabendo que o amor não tem cor, sei Deus é branco... Da cor do meu amor!
     
Minha casa tem Palmares onde zumbi voa por lá
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Amo as mulheres de qualquer tipo, de qualquer raça, de qualquer cor; nem por todas sou amado.

Amo a saudade, amo os meus queridos.

Cléia a dos olhos verdes, Lourdes, a morena; a Lourdes branca; a Neusa; a Adailgisa; a Luíza da farmácia; a Carmem que fazia rendas; a Aninha, a Joaninha da torre... 

Hoje amo outros nomes, a Margarida da casa, a Margarida da rua. amo a cachaça boa, o café quentinho... Odeio o opressor..!!

(Solano Trindade)

 

Paratodas

 

 

 
 
“Brasil, país multicolorido de
Branco; Europa, continente multicolorido de Loiro.
EUA, país multicolorido de olhos azuis.
Multiculturalismo branco, loiro e de olhos azuis.
Bandeira branca do anjo loiro, que olha a terra azul sem enxergar o mundo negro.
África; continente negro, onde surgiu o primeiro homem, a primeira família, a primeira sociedade, o café, a cerveja, linho, a matemática, a medicina, o teatro, o sabonete, a música, a dança, a vida...”
Ubuntu

 

 

 


 

 

Rompendo o silêncio histórico do povo melaninoso, protagonizando o outro ponto de vista de uma outra história que se evita ser contada, afrocentrizando o olhar paradigmático sobre a representação cultural oficialmente formatada, patenteada e legítima como única.




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